ESTIMULAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA FALA - Parte II

Utilizamos os mesmos órgãos (língua, lábios dentes e palato e um grupo de músculos) para comer e falar; por isso, a alimentação tem papel importante no desenvolvimento da fala. É através dela que exercitamos e estimulamos a musculatura bucal e facial, que participam da produção dos fonemas que, juntos, formarão palavras.

Para falar, precisamos fazer movimentos com a boca, e esses são desenvolvidos com a alimentação durante a sucção, mastigação e deglutição. Só teremos uma fala clara, se tivermos uma boa habilidade desses movimentos.

O resultado da falta de experiência com o alimento sólido, que exige um esforço do ato mastigatório, pode trazer como conseqüência, desenvolvimento inadequado do sistema estomatognático, como: crescimentos assimétricos, respirações bucais, deglutições atípicas, e outras alterações que resultam em mal oclusão e desvios de crescimento facial.

A criança com problemas de alimentação, freqüentemente, perde saliva pela boca (cialorréia), o que pode acarretar seu isolamento social e reduzir a quantidade de estimulação lingüística e social recebida.

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ESTIMULAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA FALA - Parte I

Desde o princípio da humanidade, o homem precisava se comunicar para poder se expressar, trocar experiências, enfim, sobreviver, e, por isso, desenvolveu gestos e sons. A comunicação passou a ser, então, efetuada através da linguagem, que é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural e uma das mais importantes formas de interação entre os homens.

A linguagem começa com o nascimento, com o primeiro choro; é comunicação, uma habilidade, e não uma simples questão de pronunciar as palavras. Envolve os sentidos, o desenvolvimento de muitos músculos (principalmente da boca e da língua), as experiências da criança com as coisas, pessoas e sensações diversas.

Desde a gestação, o feto mantém com a mãe um contato íntimo, de dependência para a realização de suas funções vitais (respiração, alimentação). Quando o bebê nasce, acontece uma ruptura dessa dependência. Ele próprio passa a realizar essas funções, mas a dependência materna ainda é proeminente. Ele ainda dependerá da mãe em seus primeiros anos de vida.

Atualmente, vivemos em uma sociedade onde a mulher tem desempenhado vários papéis: ser mãe, dona de casa, profissional; o que faz com que a convivência com o bebê diminua. A mãe já não será mais o modelo, mas também não será o educador da escola por não poder individualizar a atenção. Dessa maneira, a criança pode não ter um adulto significativo, que sirva de modelo para sua aprendizagem, o que acarretará numa menor estimulação. Quanto mais a criança for exposta à linguagem, maiores condições ela terá de adquirir regras que geram as estruturas lingüísticas.

PAINPSE um inimigo silêncioso - Parte II

Exame Audiométrico

A execução da audiometria deve obedecer a certos preceitos de qualidade que definirão o grau de confiabilidade dos resultados:

· Profissional qualificado para execução do teste: os profissionais médico e fonoaudiólogo são os únicos habilitados para executar exames audiológicos.;

· Equipamento ( audiômetro ) periodicamente calibrado;

· Local adequado para realização do exame: Cabina audiométrica ou ambiente acusticamente tratado;

· Repouso auditivo em torno de 14 horas antes de realizar a audiometria;

· A otoscopia ou meatoscopia prévia;

· Teste pelas vias aérea (analisa da orelha externa e média) e óssea (analisa o ouvido interno) nas freqüências de 250 Hz a 8.000 Hz;

 · Periodicidade dos testes: 6 meses após a admissão e, a partir de então, repetições anuais. Caso haja PAINPSE, de 3 em 3 meses;

Diagnóstico

Para se diagnosticar a PAIR, devemos analisar:

· O gráfico audiométrico;

· A história clínica e ocupacional do indivíduo;

· O tempo de exposição ao ruído;

· A exposição a outros agentes ototóxicos ou otoagressivos;

· Fatores ligados ao indivíduo (susceptibilidade individual)

· Idade, raça, sexo;

· Outras doenças e traumatismos.

Prognóstico

Como as células sensoriais do órgão de Corti (localizado na cóclea) não se regeneram depois de destruídas, não existe tratamento clínico para restaurar a audição. Desta forma, o melhor procedimento diante desta patologia (doença) é a PREVENÇÃO, que pode ser feita através dos Programas de Conservação Auditiva (PCA) que incluem o uso do equipamento de proteção individual – protetor auditivo.

O protetor auditivo ideal, ao invés daquele de melhores especificações técnicas, é aquele que é mais aceito e utilizado pelos indivíduos expostos ao risco.

PAINPSE um inimigo silêncioso - Parte I

PAINPSE (Perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados)

A PAINPSE se caracteriza pela perda gradual e progressiva da acuidade auditiva e a sua forma de apresentação é determinada por estes aspectos:

1. Ser sempre neurossensorial, pois afeta a cóclea do indivíduo. Isso significa que a PAINPSE é um tipo de perda auditiva irreversível;

2. Ser, geralmente, bilateral (nas duas orelhas);

3. Não haverá progressão, caso seja cessada a exposição do indivíduo ao ruído;

4. A presença não torna o indivíduo mais sensível à exposição ao ruído. Ao contrário, à medida que aumenta o grau da perda de audição, a progressão da perda se dá mais lentamente;

5. Possui características típicas a nível de suas configurações audiométricas;

6. O indivíduo portador de PAINPSE pode desenvolver intolerância a sons intensos, queixar-se de zumbidos e de diminuição da inteligibilidade de fala.

Incidência

A PAINPSE ocupa o segundo lugar entre as doenças mais freqüente do aparelho auditivo, sendo superada apenas pela presbiacusia (degeneração auditiva pela idade). Também ocupa o segundo lugar entre as doenças ocupacionais, sendo superada apenas pelas dermatoses ocupacionais.

Detecção

Todo trabalhador exposto a ruído deve ser submetido a um processo de rastreamento da PAINPSE, sendo que, um indivíduo só será considerado exposto ao risco de adquirir um dano auditivo devido a ruído quando o tempo de exposição diário ultrapassar o limite proposto para cada nível de pressão sonora.

Para que este rastreamento seja realizado, todo trabalhador deve ser submetido, num primeiro momento, a uma audiometria (medir o nível de audição) realizada em condições técnicas ideais, que tem como finalidade expressar de maneira fiel a real situação dos limiares auditivos tonais. Esta é a chamada audiometria de referência.

Contra a de referência serão comparadas todas as audiometrias seqüenciais, que, por razões de praticidade, podem ser executadas em menor exigência técnica.

Sempre que uma audiometria sequencial mostrar uma diferença significativa em relação à de referência, o trabalhador deve ser submetido a novo teste, agora em condições ideais, e, caso a diferença se confirme, a última passa a ser a nova audiometria da referência.


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Orientações para melhorar a voz dos Cantores

J Evite: gelado, álcool, fumo e ambiente poluído.

J Cuide bem de sua saúde como um todo, pois qualquer problema no seu corpo pode influenciar na produção da voz.

J Fale pouco quando sentir que sua voz não está boa. Não adianta falar baixinho, você pode estar fazendo esforço do mesmo jeito.

J Não tente cantar mais forte do que os outros.

J Evite cantar quando a voz estiver rouca.

J Evite cantar se estiver resfriado.

J Quando sentir catarro na garganta procure tira-lo sem fazer força e sem fazer som (não pigarrear).

J Beba muita água (10 copos natural de água por dia). Você poderá saber se esta tomando água suficiente observando a cor da urina, ela deve ser clara.

J Procure usar calças que não apertem a cintura nem gola de blusa apertada.

J Tenha uma alimentação saudável, leve, não condimentada.

J Evite competir sua voz com o barulho ou com as vozes das outras pessoas. Espere a sua vez para falar.

J Pastilhas, Balas e Sprays: não use balas ou pastilhas à base de menta, por serem irritantes à mucosa. Ao contrário do que se pensa, elas não ajudam a "refrescar" a garganta, e sim mascaram os sintomas de esforço vocal (ardência e dor), do mesmo jeito que os sprays.

J Os chicletes são considerados benéficos, por manterem as mandíbulas ocupadas e a garganta relaxada, devemos lembrar que o excesso causa fadiga da musculatura da mandíbula.

J Evite sapatos de salto muito alto: eles induzem a uma postura corporal tensa, a fim de manter o corpo er consequentemente ocasiona uma tensão no músculo diafragmático, que é indispensável para o apoio respiratório da fonação.

J Mastigue bem os alimentos, com bastante amplitude de movimentos, que é excelente para articulação e dicção.

J Cantar inadequada ou abusivamente e fazer parte de corais sem preparo vocal: cantar é ótimo exercício, mas o indivíduo precisa ter preparo e técnicas vocais, caso contrário podem surgir sérios distúrbios orgânicos.

J Cantar demasiadamente causa sobrecarga vocal. As pregas vocais são músculos como qualquer outro, e também sentem fadiga.

Saúde vocal - Atenção voltada aos Cantores

A saúde vocal dos cantores desperta interesse, devido à aparente falta de preocupação de alguns em relação ao seu instrumento de trabalho. Este fato talvez ocorra por desinformação, por desinteresse, ou por todo contexto místico e repleto de crenças que envolvem o mundo da música e o mundo artístico de uma forma geral.

            Obviamente, isso não é regra. Alguns cantores têm consciência da necessidade de preservar suas vozes através de treinamento específico, tais como aula de canto ou técnica vocal, tomando os cuidados necessários com a higiene vocal.

            Até aí, tudo está ao alcance deles, cada um cuida da sua voz da maneira que lhe é conveniente. O conflito começa quando se pensa no ambiente de trabalho desses profissionais, o qual dificilmente poderão modificar.

            As casas noturnas, de uma forma geral, representam uma grande ameaça à boa voz, pois são ambientes que reúnem, de uma forma inacreditável, inúmeros fatores nocivos aos cantores, como os alérgenos (fumaça de cigarro, mofo, umidade, poeira, perfumes, etc), bebidas alcoólicas, competição sonora, equipamento de amplificação sonora precários, péssimas condições acústicas, má ventilação, entre outros.

A questão do ambiente não deve ser o principal fator de preocupação, nem para o fonoaudiólogo, nem para o cantor. Há ações preventivas que demandam maior atenção.

Considerando-se o perfil delineado dos cantores da noite, os cuidados e noções que possuem em relação à saúde e higiene vocal, as exigências do mercado (repertório extenso e variado), a falta de consciência da necessidade da rotina de exames e consultas (fonoaudiológicas e otorrinolaringológicas), faz-se presente a necessidade de uma intervenção efetiva nos momentos inicias de formação desses profissionais (ou de seu início de carreira), com a necessária integração entre fonoaudiólogos e professores de canto, para que se torne viável a atuação primária junto aos cantores.

Como amamentar corretamente.

O leite materno é indiscutível para o bebê a amamentação fortalece os vínculos mãe e filho, possibilitando o aumento do número de anticorpos, ganho de peso para o bebê, desenvolvimento das estruturas oromioglossofaciais envolvidas no ato de sugar e além disso diminuiu ajuda na diminuição do útero ao seu tamanho normal.

PREPARANDO-SE PARA AMAMENTAR:

·         O desejo de amamentar é muito importante, embora não suficiente, por isso a futura mamãe deve durante a gestação preparar suas mamas para a amamentação. Nesta fase já podem ser vistas modificações não apenas no tamanho e consistência das mamas, mas também na coloração e textura das aréolas e mamilos que escurecem tornam-se maiores e túrgidos.

·         Recomenda-se principalmente nas gestantes que nunca amamentaram, o cuidado com os mamilos tentando exteriorizar os poucos protrusos ou retraídos, com delicadas massagens diárias, procurando puxar e alongar o seu tamanho.

POSIÇÃO ADEQUADA PARA AMAMENTAR

·         Assim que se sentir disposta e em condições para amamentar, procure ficar sentada em uma cadeira confortável que proporcione um bom apoio nas costas, repouso dos braços e, se possível, um apoio nas pernas e pés.

·         Pode haver necessidade de um travesseiro no colo para apoiar o corpo da criança e/ou abaixo do cotovelo para impedir que seu braço fique muito cansado enquanto segura a cabeça em posição adequada para a amamentação.

CUIDADOS AO AMAMENTAR:

·         O bebê tem de abocanhar o mamilo e a maior parte possível aréola de forma que a parte dela fique dentro da sua boca do bebê;

·         Segure a aréola, ligeiramente achatada, entre os dedos indicador e médio da mão livre para corresponder a forma da boca da criança;

·         A melhor posição para a criança é como se ela estivesse sentada;

·         Os lábios inferior e superior devem ficar virados para fora, como que apoiados na mama;

APÓS A AMAMENTAÇÃO

·         As aréolas e os mamilos devem ser lavados apenas com água morna e pouco sabão neutro e suave evitando-se a retirada da camada de gordura que recobre, protege e lubrifica a pele evitando as rachaduras.

·         Após a amamentação recomendamos a imediata lavagem com água filtrada morna retirando-se os restos de leite e saliva.

·         Nos casos de infecção ou fissuras que dificultem a amamentação a mamada na mama acometida deve ser suspensa, mas a ordenha para o esvaziamento deve ser feita para evitar-se o ingurgitamento as dores e para a manutenção da produção de leite.

Dedico esse post. a minha amiga Deyze, futura nova mamãe.

Quando devemos procurar um fonoaudiólogo?

Postei alguns motivos básicos. Boa leitura!

 1.    Alteração na fala:

Ø  Quando a criança tiver aproximadamente 3 anos e não fala ou quando sua fala dificilmente for compreendida;

Ø  Quando a criança tiver aproximadamente 5 anos e trocar sons para fala;

Ø  Quando a criança falar rápido ou lento demais, dificultando sua comunicação;

Ø  Quando a criança gagueja;

Ø  Quando a criança ou o adulto ao falar coloca a língua entre os dentes;

Ø  Quando a criança ou o adulto permanece com a boca aberta constantemente;

Ø  Quando o paciente tiver o hábito de chupar o dedo e apresentar alterações na arcada dentária;

Ø  Quando fizer uso prolongado (além dos 3 anos de idade) de chupeta e/ou mamadeira e apresentar alterações na arcada dentária e/ou projeção de língua ao falar;

2.    Alteração na leitura e/ou escrita:

Ø  Quando o indivíduo apresentar dificuldade ou troca na leitura e/ou escrita.

3.    Dificuldade de audição:

Ø  Quando suspeitar de alguma dificuldade de audição, como por exemplo: não responder ao chamado, principalmente quando estiver longe ou de costas; ouvir televisão com volume alto; mostrar-se desatento em sala de aula; etc.

4.    Alteração na voz:

Ø  Perder a voz com facilidade;

Ø  Em casos de rouquidão por mais de 15 dias;

Ø  Cansaço constante ao falar;

Ø  Em casos de rouquidão após o uso prolongado da voz.

5.    Outras situações em que deve-se procurar um Fonoaudiólogo:

Ø  Em casos de derrame cerebral, onde o indivíduo tem sua fala comprometida;

Ø  Em casos de fissura labio-palatina também conhecida como lábio leponino;

Ø  Portadores de paralisia cerebral, Sindrome de Down e outras deficiências mentais leves.

O campo de atuação do fonoaudiólogo

O campo de atuação do fonoaudiólogo encontra-se em constante modificação procurando acompanhar os avanços que ocorrem na área de pesquisa. O fonoaudiólogo generalista propõe-se a desenvolver ações voltadas para o coletivo e para ações preventivas sempre com o intuito de integrar um ensino e pesquisa.

Suas áreas de atuação e mercado de trabalho concentram-se principalmente em consultórios privados, hospitais de reabilitação, hospitais de atendimento terciário, escolas para portadores de necessidades especiais, escolas de ensino fundamental e médio, cursos de oratória, dicção e impostação de voz, empresas de telecomunicação e telemarkenting e outras.

O leque de atuação do fonoaudiólogo é muito amplo e não se restringe aos consultórios particulares, clínicas ou hospitais. Além disso, o leque se estende a creches, escolas, asilos, empresas, órgãos de saúde pública, atendimento domiciliar e outros. Os alunos desse curso circulam muito na Universidade e o contato com outras ciências, da Música à Física, assim possibilitando uma grande versatilidade ao profissional.

A importância da fonoaudiologia

A fonoaudiologia é um curso novo por ter cerca de 30 anos de idade, ainda não há profissionais suficientes para atender a demanda do mercado. Entretanto, seu valor tem sido reconhecido por não ter um número considerável de profissionais para atender a demanda nacional. Os campos de trabalho são variados como hospitais, clínicas, ambulatórios, asilos, home-cares, escolas, unidades básicas de saúde e até mesmo veículos de comunicação e empresas de RH que tenham o interesse em aprimorar a comunicação de seus funcionários.

O fonoaudiólogo é um profissional essencial para sociedade, visto que trabalha com a comunicação humana e seus distúrbios, tendo como área de atuação em linguagem oral e escrita, voz, audição, deglutição e aperfeiçoamento dos padrões de fala. Sua intervenção vai desde bebês prematuros até os pacientes idosos.

O mercado de trabalho se encontra em pleno desenvolvimento. O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, consultoria, assessoria, perícia, diagnóstico e terapia fonoaudiológica. No que se refere ao serviço público federal, estadual e municipal, existe uma carência muito grande deste profissional. Por isso, observamos um número crescente de vagas para o fonoaudiólogo em concursos públicos em todo Brasil. A fonoaudiologia vem expandindo o seu campo de atuação os profissionais desta área prestam atendimento na UTI neonatal e adulto, em pacientes queimados, em pós-cirurgia ortognática, trauma de face, paralisia facial, doenças degenerativas (Alzheimer, Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica, Miastemias Gravis), entre outros.